Aeroporto de Porto Alegre está fechado desde que inundou com as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. Hoje, há 113 voos semanais com destino ao estado: menos do que Porto Alegre tinha por dia. Para o mês de junho, já há voos lotados.
.
O Ministério dos Portos e Aeroportos anunciou, na quarta-feira (29), que o número de voos comerciais vai dobrar a partir de 10 de junho na Base Aérea de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre: vai aumentar de 35 para 70 por semana. Em média, serão 10 voos por dia.
A Base Aérea de Canoas passou a fazer esse tipo de voo emergencialmente em razão do do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na Capital, ter sido fechado após inundar durante as enchentes que atingiram a cidade. Não há previsão para que ele volte a operar (saiba mais abaixo).
O novo local de voos começou a operar na última segunda-feira (27) e fica distante cerca de 15 quilômetros do antigo. É um dos sete aeródromos ampliados para atender à demanda no estado.
A decisão de dobrar os voos em Canoas se deu após avaliação técnica realizada pelo Ministério de Portos e Aeroportos, Ministério da Defesa, Força Aérea Brasileira, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e companhias aéreas.
Hoje, há 113 voos semanais com destino ao Rio Grande do Sul: menos do que Porto Alegre tinha por dia. Para o mês de junho, já há voos lotados. A maioria vai e vem de Caxias do Sul, na Serra do RS, e da Base Aérea de Canoas. Destinos para cidades de Santa Catarina também – e que são considerados parte da malha aérea emergencial gaúcha.
Com mais demanda e menos oferta, os preços de passagens aumentaram. Em alguns casos, até 50%.
Voos noturnos
A ampliação no número de voos também leva as autoridades a pensar na possibilidade da operação de voos durante a noite.
“Essa é a segunda etapa da operação. A gente espera que, nas próximas semanas, a gente possa seguir ampliando os voos, sobretudo visando a segurança para os passageiros e da aviação. Paralelamente, a gente também está fortalecendo a malha aérea regional, onde os seis aeroportos no estado estão recebendo cada vez mais voos e levando a população brasileira para o Rio Grande do Sul e, ao mesmo tempo, aquele que mora no Estado poder se deslocar para outras cidades do país. Esse é um momento de unidade, de construção coletiva, de reconstrução. Os aeroportos são fundamentais para a retomada do crescimento econômico do Estado”, explicou o ministro Silvio Costa Filho.
Aeroporto de Porto Alegre fechado
O Aeroporto Internacional Salgado Filho, na Zona Norte de Porto Alegre, não recebe voos comerciais desde 3 de maio. Tanto o terminal quanto a pista de pousos e decolagens ficaram inundados com as cheias na Capital. Não há previsão de reabertura do local.
Segundo o vice-presidente de operações da Fraport, Edgar Nogueira, “é muito antecipado a gente dizer que pode (voltar a) operar em setembro”.
“Nós estamos começando o trabalho com a seguradora para começar a avaliar quanto tempo a gente vai demorar pra reconstruir o salgado filho. Ainda não temos uma estimativa”, comenta.
O fechamento do aeroporto provocou alterações na malha aérea do Rio Grande do Sul. Para contornar o problema, terminais do interior do estado servem de alternativa para 116 voos comerciais por semana.