O que os entendidos comentam e relatam é que está chovendo tanto no Rio Grande do Sul, porque uma combinação entre a grande massa de ar seco no Brasil Central, a umidade da Amazônia está canalizada e um corredor direto ao Sul do Brasil. Esse fenômeno que envolve a passagem da umidade e bloqueio de ar quente é classificado como “rio atmosférico”. “Os rios atmosféricos são regiões longas e concentradas na atmosfera que transportam ar úmido dos trópicos para latitudes mais altas. O ar úmido, combinado com ventos de alta velocidade, produz chuva pesada e neve, conforme a região no mundo. Esses eventos extremos de precipitação podem levar a inundações repentinas, deslizamentos de terra e danos catastróficos à vida e à propriedade”, explica a Metsul Meteorologia. Mas já podia para a chuva, o Rio Grande do Sul não suporta mais, nosso solo está muito úmido, e os deslizamento podem piorar.

Lamentável a política estar atrapalhando

Uma vergonha o que estamos presenciando atualmente no nosso Brasil, enquanto muitos estão ajudando sem ver lado, ou seja, nem lado político e nem lado de querer aparecer nas redes sociais, existe algumas pessoas que são doentes e que estão fazendo politicagem de diversos tipos – políticos se aproveitando do momento para fazer política com a situação que os gaúchos estão passando. Outros políticos do lado B, tentando detonar com o lado A, e até mesmo criando fake news para atrapalhar ainda mais o momento que estamos passando. Uma das que me deixou chocado foi a mentira de que 9 pessoas da UTI no hospital de Canoas tinham falecido por causa da inundação. Precisamos que esta onda de fanáticos termine logo, pois isto só atrasa o nosso País, só nos faz andar para trás. As pessoas de direita e de esquerda poderiam deixar a política para depois, agora é hora de nos unirmos, deixem de ser fanáticos e pensem nas pessoas. Por favor!

Quando imaginamos passar por um momento destes que estamos vivendo no Rio Grande do Sul, um Estado bonito, a serra com o turismo em alta, e de uma hora para a outra, a água chega alagando as cidades e o Rio Grande do Sul para. O cenário é o pior possível, pessoas sendo resgatadas, pessoas morrendo dentro da água, animais morrendo, casas sendo destruídas, prédios sendo destruídos, maquinários de lavouras boiando na água, enfim. Olhando agora alguns lugares onde a água baixou podemos dizer que estamos em uma guerra. Pessoas tendo que deixar tudo para trás o que construíram em uma vida inteira, de uma hora pra outra. O pior é a dúvida sobre como estarão suas casas quando elas voltarem. Infelizmente, alguns nem terão mais as suas casas para voltar. Muito triste.

Desassoreamento dos rios

Há muitos anos falamos em desassoreamentos dos nossos rios e lagoas aqui da nossa região, principalmente estas mais próximas de Tramandaí e Imbé. Muitas lagoas e rios estão assoreados e dificultam a circulação de água – onde poderia circular mil litros de água por minuto está circulando 10 litros, e no Rio Tramandaí é nítido, todos podem ver o assoreamento, é só ir na ponte Giuseppe Garibaldi e fazer fotos. Com as lagoas e rios assoreados não tem como fazer turismo náutico em Tramandaí e Imbé, um turismo muito importante que trazer retorno para as nossas cidades. Não tem como andar de lancha nas nossas lagoas porque o motor tranca na areia, e com isto inviabiliza o nosso maior potencial, que seria aproveitar as belezas dos rios e lagoas para fomentar o turismo nas nossas cidades.

Comunidade de Porto Alegre está apavorada

A comunidade de Porto Alegre está apavorada em relação as chuvas que estão acontecendo durante este mês de maio. Na quinta-feira (23) muitas casas e empresas que já estavam tentando se normalizar com limpeza e colocando as coisas nos lugares, foram surpreendidos mais uma vez com muita chuva, e muitos comércios e casas voltaram a ficar dentro da água. O pior de tudo isto é que no meu ponto de vista, os administradores municipais estão perdidos e sem orientação para os moradores. Não tem cabimento uma cidade ficar alagada por quase 30 dias e a água não sai do lugar, estamos em pleno ano 2024, deve ter mecanismo para retirar estas águas que estão paradas.

Tramandaí e o velhos problema de alagamentos

As Administrações Municipais de Tramandaí realizam obras para eliminar com o problema de alagamentos na cidade, mas estas não dão muito resultados, basta ver os locais de alagamentos, são sempre os mesmos problemas e nos mesmos lugares. A pergunta que fica é a seguinte: E todo o dinheiro que foi gasto nestes lugares e não adiantou de quase nada? Bom, aí vão responder que antes era bem pior – como assim pior? Pior por não se poder enxergar a rua por ela estar tomada de água? Não adianta colocar dinheiro fora em obra se não estiver com um projeto bem estudado para que realmente consigamos terminar com estes problemas.