Pesquisadores da USP e do Instituto Federal de São Paulo desenvolveram um novo dispositivo que pode revolucionar o diagnóstico do câncer de mama, oferecendo um exame menos doloroso, mais preciso e de baixo custo. A inovação surge como alternativa e complemento à mamografia tradicional, que ainda é o principal método de detecção precoce da doença.
🔎 O equipamento utiliza tecnologia semelhante à dos radares de aviões e carros, permitindo o imageamento das mamas sem compressão — algo frequentemente apontado como incômodo por quem realiza a mamografia convencional.
Segundo o professor Bruno Sanches, da Escola Politécnica da USP, o dispositivo foi projetado para ser autônomo e simples de usar. “A pessoa posiciona o equipamento na mama, semelhante a um bojo de sutiã, e aciona o sistema para capturar imagens em diferentes ângulos”, explica.
💡 Além de eliminar o desconforto, o aparelho oferece maior capacidade de leitura de tecidos, o que é especialmente útil para pacientes com mamas densas, que dificultam a eficácia da mamografia comum. “A ideia é oferecer algo como uma mamografia colorida”, diz Sanches, destacando a qualidade das imagens, que ajudam a identificar gordura, dutos, tecido glandular e lesões com mais clareza.
⚙️ Portátil e acessível
Outro destaque do equipamento é a portabilidade: ele pode funcionar sem estar ligado à rede elétrica, sendo alimentado por notebooks ou power banks. Isso permite o uso em áreas remotas ou com pouca infraestrutura, facilitando o acesso ao exame para mais pessoas.
O baixo custo também chama atenção. O projeto busca agora parceiros comerciais para produção em escala e testes clínicos em pacientes. Uma versão estacionária, parecida com uma tomografia computadorizada, também está em desenvolvimento, ampliando as possibilidades de uso.
🩺 Uma evolução no cuidado com a saúde
Embora a mamografia continue essencial, o novo dispositivo representa um avanço importante na forma de diagnosticar o câncer de mama: mais conforto, precisão e acessibilidade. Com o projeto em fase avançada, o Brasil pode estar perto de lançar uma alternativa promissora na luta contra a doença que afeta milhares todos os anos.
Com informações do Jornal da USP