Após décadas de promessas e frustrações, a tão esperada ponte internacional que ligará Porto Xavier (RS) à cidade argentina de San Javier pode finalmente sair do papel. O contrato está previsto para ser assinado ainda em junho, reacendendo a esperança da população da região das Missões.
📍 Sonhada desde a década de 1980, a travessia encerrará a dependência do serviço de balsa sobre o Rio Uruguai, atualmente sujeito a restrições climáticas e de horário.
💰 Com um investimento de R$ 214,6 milhões, oriundo do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a obra representa um marco para o desenvolvimento da fronteira sul. Essa será a terceira ponte entre Brasil e Argentina, ao lado das já existentes em Uruguaiana e São Borja.
🌾 A ponte promete impulsionar o escoamento da produção agrícola, principalmente da soja cultivada no norte do RS, além de reduzir custos logísticos ao permitir o uso de portos argentinos. Também há grande expectativa para o fortalecimento do turismo bilateral e a ampliação dos laços comerciais entre os dois países.
🏗️ A licitação foi vencida por um consórcio liderado pela Rivoli Construtora, em parceria com Vereda Engenharia, Construtora Mello Azevedo, Ambienger Engenharia Ambiental e Agrar Consultoria.
🔧 A ponte terá 900 metros do lado brasileiro, com ligação direta à BR-392, e 500 metros em território argentino. O projeto inclui ainda a construção dos complexos alfandegários, fundamentais para o controle migratório e operações de importação/exportação.
📋 A contratação será no modelo integrado, ou seja, o mesmo consórcio cuidará desde o projeto executivo até a execução da obra. Um dos primeiros passos será o detalhamento do plano de desapropriação, com 34 imóveis inicialmente listados para remoção — as indenizações ficarão a cargo da União.
Embora o contrato esteja prestes a ser assinado, o Dnit ainda não definiu a data para a ordem de início das obras. Outro passo importante será a liberação do empenho, que garante a reserva do orçamento federal para a construção.
🗣️ O prefeito de Porto Xavier, Gilberto Menin, celebrou o avanço e demonstrou otimismo:
— Estou otimista, pois essa ponte representa uma transformação para o comércio e o turismo da nossa região. O custo é baixo diante do impacto que ela vai gerar para o país — afirmou.
⚠️ A comunidade, porém, segue cautelosa. Em 2022, a Coesa Construções chegou a assinar contrato, mas enfrentou problemas financeiros e abandonou o projeto, forçando o governo a abrir nova licitação após os trâmites legais de rescisão.
Agora, com novo fôlego via PAC e proximidade da assinatura, a ponte volta ao centro das atenções. A expectativa é que os trabalhos comecem em 2026, com um prazo estimado de quatro anos para conclusão.
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