Dois trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão em Novo Hamburgo

Conforme relatado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A operação, que aconteceu no dia 16 de julho, foi uma ação conjunta do MTE, do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Civil. Durante a inspeção, foi constatado que os trabalhadores viviam em um alojamento precário, sem portas, banheiro ou iluminação elétrica, e não recebiam os salários prometidos.

De acordo com Lucilene Pacin, auditora-fiscal do Trabalho e coordenadora da Fiscalização para Combate ao Trabalho Escravo no RS, foram identificadas práticas de trabalho forçado, condições degradantes e retenção dos trabalhadores no local mediante apoderamento de documentos pessoais. Os resgatados foram levados a um abrigo e, na última sexta-feira (2), retornaram às suas casas.

A investigação aponta que Arno Dilson Pospichil, de 75 anos, vizinho do local, contratou os trabalhadores com a promessa de que fariam a vigilância de um terreno baldio. Contudo, segundo o MPT, eles também realizavam serviços domésticos, como limpeza, manutenção, cuidados com animais e compras no mercado. Arno nega que os trabalhadores realizassem tais tarefas.

Manoel, um dos trabalhadores resgatados, é analfabeto e veio para o Rio Grande do Sul em busca de emprego como carpinteiro ou pedreiro, sem sucesso. Ele relata que realizava diversas tarefas no terreno, incluindo limpeza de excrementos de animais e manutenção da caixa de esgoto, além de ir ao supermercado para Arno. O outro trabalhador, que prefere não se identificar, menciona que ficou cerca de um mês no local, esperando juntar dinheiro para consertar o veículo que usa para trabalhar como motorista de aplicativo, mas nunca recebeu o valor prometido.

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