A assistente social Aline Davila é uma das muitas mulheres que frequentam o Parque da Redenção, o mais famoso de Porto Alegre, para seus treinos e corridas. Há três anos e meio, ela sai com medo de casa todos os dias e, apesar de estar sempre atenta aos arredores, foi vítima de uma importunação sexual, confrontada de maneira obscena.
Aline costuma sair cedo para correr, por volta das 6h, para conciliar os horários com suas obrigações de trabalho. No entanto, o que era para ser um prazer, virou um episódio traumático na última quarta-feira (3).
Quando Aline percebeu o contexto em que estava inserida, ela teve uma ação imediata: gritar.
“A revolta e a raiva me fizeram gritar”, conta. Ela conseguiu chamar a atenção do seu treinador, que estava a cerca de 300 metros de distância. “Quando a pessoa percebeu a situação em que eu comecei a gritar, ela saiu”, relembra.
O caso aconteceu no chafariz da Redenção, localizado no centro do parque.
Ao buscar apoio da Guarda Municipal, próxima do local, Aline se deparou com mais um episódio que considerou um descaso. “Eles não me receberam de forma adequada […], não me deram nenhuma informação efetiva sobre a situação e alegaram que não escutaram e que estavam na troca de turno”, conta.
De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança (SMSEG), a pasta “intensificará as rondas da Guarda Municipal no Parque Farroupilha (Redenção), em especial nos horários de prática esportiva” e “as câmeras de videomonitoramento, incluindo os equipamentos da Redenção, estão à disposição das autoridades competentes”.
Fonte: G1