Uma organização criminosa especializada em invasões cibernéticas, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e clonagem de veículos foi desmantelada nesta quarta-feira (7), durante a Operação Krypteia, deflagrada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
A ação mobilizou cerca de 120 agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos (DRCPE), vinculada ao recém-criado Departamento Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC).
👮♂️ A ofensiva teve como alvos criminosos que lucravam com a venda de veículos clonados, acessando ilegalmente contas GOV.BR para burlar sistemas de transferência digital de propriedade veicular. Foram cumpridos 22 mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro.
📍 No total, 17 pessoas foram presas. Celulares e documentos foram apreendidos e passarão por perícia.
🚗 O esquema veio à tona após um caso em Gravataí, onde uma vítima adquiriu um Volkswagen T-Cross por R$ 80 mil. Mesmo com os documentos em mãos, descobriu no Detran que o carro era produto de furto ocorrido dias antes.
🧠 Segundo a investigação, o mentor do grupo coordenava tudo de dentro de uma penitenciária gaúcha, onde cumpre mais de 70 anos de pena. Já a parte cibernética do crime era executada por um jovem de 24 anos, residente no Rio de Janeiro, responsável por invadir contas GOV.BR com técnicas de engenharia social.
💻 Com os dados reais da vítima em mãos, os criminosos simulavam vendas de veículos com documentação aparentemente legítima, enganando compradores de boa-fé.
💸 O núcleo financeiro, sediado em Santa Catarina, atuava na lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada, distribuindo lucros a familiares e demais membros da organização.
🛡️ De acordo com o delegado Filipe Bringhenti, os crimes virtuais têm crescido de forma acelerada:
“A Operação Krypteia é a primeira grande ofensiva do novo departamento e mostra que o combate ao crime cibernético é agora prioridade institucional.”
A operação leva o nome “Krypteia” em alusão à unidade de elite espartana que atuava secretamente para proteger a ordem — uma metáfora para o trabalho técnico e sigiloso das forças de segurança no enfrentamento ao crime digital organizado.